domingo, 5 de maio de 2013

Onde...?

Não sei quando o perdi de vista.
Foi talvez dobrando uma esquina...Minha mente levantou um rápido vôo e ao retornar não estava mais lá. Corri de qualquer jeito, como se tivesse a certeza de que tinha sido naquela esquina - mas quando cheguei lá, com o coração já saltando pela boca, não havia ninguém que eu esperasse.

No amor, quando pensamos perder uma grande oportunidade, a mente se torna fértil em produzir arrependimento sobre tudo o que não teria sido feito.

A rua caiu por mim adentro com todo o seu caos de gente e carro. Os rostos desconhecidos e conhecidos se tornaram indiferentes e a minha ansiedade de ver somente um rosto é um peixe num minúsculo aquário - a ele é dado ver em todas as direções e não tomar nenhuma...

A rua se acendeu e se apagou em um segundo de pensamento em desvairio e quando o cansaço me permitiu olhar em volta, estava escuro e sem ninguém - a não ser um esmoléu aos meus pés com a mão estendida.

A rua se apagou e com ela a minha esperança e todas essas portas fechadas não são senão a metáfora de tudo isso.

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