"O TEU SILÊNCIO é uma nau com tôdas as velas pandas... Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso... E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraiso... Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte... O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto..."
(A Hora Absurda - F. Pessoa)
Tenho pra mim que todos os encantos se desfizeram no ar
e a bruma perfumada da floresta vai atrás dos seus rastros.
Mas a noite caiu mas rápida e mais insana, ainda que silenciosa,
e encontrou meu coração partido na varanda...
Não consegui recolher os cacos, pois eram muitos.
Apenas os varri para o jardim...para que os passarinhos os comêssem!
Mas algo bate aqui dentro, não sei...
Talvez, seja o eco dos outros corações partidos antes...
Distância, distância...beleza e inferno
Das montanhas do Espírito Santo.
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