No Garden, onde fico sempre.
Na Avenida Goiás
Na verdade, Boulevard Goiás,
Com jardins e pracinha entre as vias.
Um pedaço de juventude
Onde ancoro, por vezes, um pedaço da minha velhice.
Noites na avenida Goiás
Noites com Baudelaire
E, pela manhã, apenas o barulho do chuva,
apenas o barulho do carros na Avenida Goiás...
Noites de amor adjetivado, fugidio,
que escapa antes da luz da manhã.
(e antes que eu volte à Brasília).
Tesão e explosão na Avenida Goiás!
E a enigmática figura de Baudelaire,
seu sorriso de baseado,
seus olhos quase fechados,
seus cachos quase feitos,
seus fluidos...
Os fluidos de Baudelaire...
A mão de Baudelaire no meu peito...
O jeans jogado no chão, misturado com as meias...
Pedacinho de lua nas frestas das nuvens de chuva.
Baudelaire na Avenida Goiás,
nas madrugadas da Avenida Goiás.
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